Eu vou narrar uma aventura de RPG emocionante

Meu primeiro personagem morreu de hipotermia, quando eu tinha 9 anos. Ele era um agente da MIB. Desde então, eu não parei de jogar RPG, e hoje somam-se mais de vinte anos de experiência nessa brincadeira. Por isso, tá na hora de profissionalizar uma coisa que eu sempre fiz por puro amor. 

Nessas duas décadas e uns trocados, eu já matei gigante, roubei relíquia sagrada, fui traído pelo NPC, pronunciei as últimas palavras de um jogador ("Quanto foi de dano?" e "Se eu pular, mas não passar no teste, você me segura?"), dentre uma variedade de peripécias, nos mais diferentes cenários, com pessoas de diferentes idades, personalidades, vivências e noções do quão difícil é correr e atirar ao mesmo tempo, num alvo a cem metros de distância, enquanto fala e faz um teste de percepção pra ver se notou alguma coisa estranha no ambiente.

Mas não demorou pra notar que o papel do mestre era o que eu mais gostava de desempenhar. No começo, era fácil: criança, não me preocupava e narrava para os amigos da escola o mesmo que os amigos da vizinhança haviam narrado pra mim no dia anterior. Gostava de ver como as coisas aconteciam de formas diferentes nas duas "mesas" (no chão do bairro e no chão da escola). Só que fui tomando gosto e o processo começou a envolver planejamento, dedicação e muita criatividade. Cada vez mais, busco apresentar histórias envolventes e encontrar maneiras de imergir os jogadores numa narrativa que é desenvolvida em conjunto — uma trama onde quem decide as ações e as falas dos personagens principais, são os jogadores.

Paralelamente, estudei dramaturgia na Cia. de Teatro Contemporâneo, me tornei ator profissional e comecei a trabalhar como dublador no Rio de Janeiro, profissão que revezo com a de tradutor de jogos digitais. 

Além disso, tenho uma formação não-formal em GURPS, o sistema de RPG do meu coração. Ao contrário do que dizem, GURPS não é complicado, mas sim elaborado. Muito elaborado. O processo de criação de personagem em GURPS é tão específico que, mesmo que você não tenha criatividade, será quase impossível não inventar um protagonista único e profundo. 

É, pode acreditar, mas não se assuste: eu narro em outro sistema que também gosto muito e é bem menos elaborado: o Savage Worlds — 

 rápido e selvagem! Ambos esses sistemas são genéricos, ou seja: podem ser aplicados em qualquer universo.

Outro papel do mestre de RPG é saber as regras — e saber ensiná-las! Eu amo fazer isso: o jeito como as coisas se encaixam é de dar arrepios e eu poderia explicar a mesma coisa dezenas de vezes, com prazer, se fosse preciso. Além disso, eu ensinei as regras de GURPS a vida inteira, e as de Savage Worlds, que é um sistema bem mais recente, também já ensinei bastante. 

Portanto, vamos jogar!

Grupos de 2 a 8 jogadores - R$20,00/jogador

Sistemas: GURPS ou Savage Worlds

Cenário: qualquer um